sexta-feira, 24 de junho de 2011

SOBRE LER E DORT



Tudo o que você sempre quis saber e nunca lhe disseram claramente:

O que é LER, o que é DORT? Como se pega? O que fazer?

LER - Lesão por Esforço Repetitivo.
Conjunto de Síndromes (quadros clínicos/patologias /doenças ) que atacam os 

nervos, músculos e tendões (juntos ou separadamente).

Elas são sempre degenerativas e cumulativas e sempre precedidas de alguma dor 

ou incômodo.

DORT- Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. 
É exatamente igual a LER porém identifica exatamente a origem do problema:
o trabalho.

Origem na sua atividade ocupacional = DORT, outra origem = LER

Quais os sintomas?



Os sinais abaixo são indícios da eventual existência de uma lesão. Tendo alguns destes
sintomas visite seu médico. Pode não ser nada. É melhor prevenir:

Estágio 1

Sensação de peso, dormência e desconforto em áreas específicas. Pontadas 
ocasionais durante as atividades mais intensas (no trabalho ou fora dele) 
podem ocorrer. As sensações passam após descanso de horas ou poucos dias.

Estágio 2

Existe dor com alguma persistência. A localização da dor é mais precisa. 
É mais intensa durante picos de atividade. Pode haver perda de sensibilidade, 
sensação de formigamento, inchaço e calor ou frio na área afetada. Mesmo 
com descanso a dor pode permanecer ou reaparecer subitamente sem que 
qualquer atividade tenha sido realizada. Momentos de estresse psicológico ou 
emocional podem provocar dor ou sensibilidade nos locais afetados.




Estágio 3

Perda de força eventual ou freqüente. Dor persistente mesmo com repouso 
prolongado. Crises de dor aguda podem surgir mesmo durante repouso. Perda 
de sensibilidade frequente e eventual perda de capacidade de realizar alguns 
movimentos sem muita dor. Irritabilidade gera ainda mais dor.

Estágio 4

Dor aguda e constante, às vezes insuportável. A dor migra para outras partes 
do corpo. Perda de força e do controle de alguns movimentos. Perda grande 
ou total da capacidade de trabalhar e efetuar atividades domésticas.

Como prevenir?

- Identificar os riscos a que você está sendo submetido (no trabalho ou fora 
dele). Eliminá-los. Se você conhecer alguém no seu ambiente (trabalho ou 
não) que sente dores com alguma freqüência executando as mesmas tarefas 
que você, pode ser um alerta de que os riscos existem e você pode ser o 
próximo.

- Fazendo micro pausas (pequenas pausas rápidas) em qualquer atividade 

que se exerça repetitividade excessiva ou postura inadequada por tempo prolongado. Durante essas pausas faça alguns alongamentos para as áreas 
de seu corpo que estiverem executando a tarefa.

- Atentando para estar sempre com uma boa postura, incluindo a adequação 

do seu posto de trabalho de acordo com as características físicas e com sua atividade.

- Não faça força nem pressão exageradas, repetitivas ou freqüentes em sua atividade.

- Cuidando da sua qualidade de vida (corpo e mente) 

 Como se pega ?

A doença se pega do abuso, do exagero (e/ou descaso) durante um tempo prolongado de:

- Movimentos repetitivos
- Postura inadequada
- Força ou pressão

O quadro se agrava quando fatores psicossomáticos como o Estresse se 

fizerem presentes.

A Lesão/Distúrbio pode ser adquirida no trabalho, em casa, praticando 

esporte ou hobby, ou ainda na combinação destas práticas.

Nota:
 problemas físicos e fraturas podem causar os mesmos efeitos da 

LER/DORT. Isso pode ocorrer por pinçamento de nervos, músculos e tendões.


Tem cura?

Postura Correta ao Computador

- 100% dos casos são curáveis se diagnosticados nos primeiros estágios

- Nos casos mais graves a cura (integral ou parcial) dependerá da disciplina

 e de boas condições psicológicas do lesionado (não estar deprimido)

Como tratar?

- Identificando a REAL causa do lesionamento para não repetir os fatores 
que lesionam durante o tratamento. Se afastar das causas diretas e indiretas 
da lesão.

- Sabendo que não existe uma fórmula única. Cada caso á um caso totalmente diferente.

- Bem diagnosticando a doença.

- Fazendo fisioterapia especializada sempre (peça referências).

- Mudar estilo de vida e melhorar a qualidade de vida, incluindo melhorar a 

auto-estima, os relacionamentos dentro e fora do trabalho, o condicionamento físico e a alimentação (mais verduras e frutas - menos frituras, doces e carboidratos)

- Muita paciência, força de vontade e apoio de colegas, amigos e familiares.

- Tratamentos alternativos podem ser utilizados. Os benefícios devem ser percebidos nas primeiras sessões. Caso contrário pare imediatamente e 

procure outras opções.

- Cadenciar toda atividade repetitiva, incluindo atividade computacional, 

executando micropausas freqüentes numa razão mínima de 25 minutos 
de trabalho por 1 minuto de pausa (recomendável em casos crônicos a 
razão de 20 por 4), executando durante as pausas alongamentos para 
relaxamento de músculos, tendões e nervos. Durante as micropausas 
recomenda-se também a execução de auto-massagem nas mãos e braços.

- Os alongamentos e auto-massagem indicados acima podem e devem 

ser realizados sempre que possível durante o dia ou a noite.




 O que não fazer?

- NUNCA, JAMAIS, esconda seus sintomas. Ao menor sinal vá ao médico.

- Usar tala para trabalhar ou fazer qualquer outra atividade

- Engessar o braço por tempo maior que uma semana (não há necessidade

de engessar em 99% dos casos)

- Tomar anti-inflamatório não específico para LER

- Tomar anti-inflamatório por tempo prolongado. Uma ou duas semanas no máximo.

- Consultar só um médico

- Operar a mão/punho (casos raros que exigem esse procedimento são 

menos de 1%)

- Se tratar sem descobrir a causa REAL da lesão e os fatores agravantes
- Fazer fisioterapia não especializada - se a fisioterapia gerar mais dor,   
pare.



- Acreditar que a lesão é puramente devido a fatores psicológicos 
(normalmente é apenas um agravante)

- Ficar quieto quando você achar que o diagnóstico ou o tratamento 

estejam errado.





A quem culpar?

- No caso de LER o culpado é sempre você. Por desatenção ou 
descaso.

- No caso de DORT (relacionado ao trabalho) a culpa pode ser sua, 

do empregador ou de ambos. Tudo dependerá o quanto de treinamento
 e suporte físico e técnico a empresa lhe forneceu. Se ela tiver lhe dado 
tudo que as Normas sugerem a culpa tenderá a ser sua. Se essas 
obrigações não forem cumpridas total ou parcialmente a culpa certamente
é da empresa.

- Para identificar quem é o responsável é de fundamental importância 

um levantamento detalhado e científico da origem da doença.  Esse fato importantíssimo normalmente é relegado a segundo plano por ambas as 
partes, às vezes por desconhecimento e às vezes por interesse. Sem esse levantamento, não há culpados claramente e certamente uma das partes
será injustiçada.

As responsabilidades

- A Empresa é responsável por prover (e fazer cumprir) todas as condições físicas, técnicas e regimentares para garantir a execução das tarefas pelos funcionários de forma absolutamente sem risco da ocorrência de acidentes ou doenças. Sob risco de   ser responsabilizado civil e criminalmente por negligência ou omissão.

- Aos funcionários cabe acatar e cumprir as regras de segurança e saúde conforme treinamento fornecido pela empresa sob pena inclusive de demissão por justa causa.






FAÇA A SUA PARTE!







segunda-feira, 6 de junho de 2011

INVESTINDO NA SAÚDE



Saúde – multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental e social (OMS, 1978). 

A prática de exercícios físicos regulares traz reconhecidas vantagens na melhoria da QUALIDADE DE VIDA. Segundo Guedes (1995), “a atividade física influencia diretamente os índices de aptidão física, os quais, por sua vez, interferem nos níveis de prática daquela”, ou seja, quanto melhor (e não mais) desenvolver alguma atividade física, melhor será o índice de aptidão; e, quanto melhor este índice, melhor será o desenvolvimento da prática esportiva. 

Diz ainda Guedes (1995) - “Considerando que o estado de ser saudável não é algo estático; pelo contrário, é necessário adquiri-lo e reconstruí-lo dia após dia de forma individualizada, constantemente ao longo de toda a vida”, a atividade física (juntamente com outros bons hábitos de vida) torna-se um dos meios mais eficazes e recomendados por toda a comunidade científica para tal objetivo. Justamente pela capacidade de agregar outras mudanças salutares no estilo de vida, incluindo aspectos laborais, de quem se engaja definitivamente na prática regular de algum exercício físico!

É muito divulgado os benefícios que a atividade física planejada, orientada e sistematizada traz ao aprimoramento da aptidão física e conseqüentemente à nossa saúde. Portanto... 

Dê um Tempo para Você! 

Invista na sua SAÚDE! 

Colaborador, Invista na Atividade Física!

Empreendedor, Invista na Ginástica Laboral! 

Uma recomendação QualiFis!

ATITUDES SAUDÁVEIS

segunda-feira, 23 de maio de 2011

FUNCIONÁRIOS POUCO SAUDÁVEIS PRODUZEM MENOS



Uma pesquisa da empresa CPH Health, do segmento de saúde corporativa, revelou que 49% dos funcionários das companhias brasileiras estão em um significativo nível de estresse. O levantamento, feito com 194.000 empregados de 200 organizações, mostrou também que 76% deles praticam atividade física insuficiente, 68% trabalham sentados a maior parte do dia, 48% têm elevado nível de ansiedade e 45% estão acima do peso ou obesos.
Segundo o médico e profissional de saúde corporativa da CPH Health, Ricardo De Marchi, 60% dos custos de assistência médica e perda de produtividade das empresas se devem a esse tipo de comportamento. Ou seja, as empresas perdem quando os funcionários evitam faltar. “É como em um time de futebol. Se o jogador está machucado, ele vai ter um desempenho pior e a equipe vai ter uma produtividade menor”, diz.Esses números preocupam não apenas por mostrarem um quadro de profissionais com condições de saúde precárias, mas também pelo fato de que, além dos funcionários, as próprias empresas podem sofrer com o problema. Isso porque grande parte das pessoas que passam por problemas de saúde preferem ir trabalhar mesmo doentes, prejudicando, e muito, a produtividade da companhia.
Mas o problema é que a maioria das organizações ainda não tem consciência de que, muitas vezes, é melhor ter um funcionário em casa, tratando de uma doença, do que mantê-lo no trabalho sem produzir da mesma forma e sem condições plenas de se curar rapidamente. E ainda há os casos em que a empresa sequer sabe que o profissional está com problemas de saúde, fazendo com que a produtividade caia “misteriosamente”.
Prevenção:
Para evitar que a produtividade seja afetada, os gestores devem ter em mente que é papel da companhia proporcionar ao funcionário um ambiente saudável de trabalho e o primeiro passo para fazer isso é fazer uma boa gestão de saúde dos funcionários. Isso significa aplaudir os bons hábitos praticados por eles, ficar de olho nos comportamentos negativos, conhecer as pessoas da equipe e saber em que situação está a saúde de cada uma. “Não adianta tratar de uma doença sem saber o que é, sem fazer o diagnóstico da situação”, afirma o médico Ricardo De Marchi.
Depois de conhecer bem o quadro, o doutor recomenda o monitoramento dos funcionários de alto risco. Aquele profissional que tem ido demais ao médico pode não ser apenas alguém que gosta de fazer check-ups. Saber quem está frequentando os consultórios além do normal ajuda o gestor a saber quem precisa de mais atenção e o que pode fazer para ajudar e reduzir os riscos de uma piora.
Quando o chefe estiver por dentro do que se passa com a saúde de seus liderados, é hora de fazer as intervenções educacionais. E nessa hora vale de tudo. Programas de nutrição, incentivo a exercícios, palestras, treinamentos e outras iniciativas. “Depende do dinheiro que a empresa pode investir e da criatividade. Se tiver uma equipe educada, informada, responsável em relação à própria saúde, a empresa terá boa parte desse quadro resolvido”, diz o médico. O importante, para ele, é tratar sempre da saúde, pois esperar para cuidar da doença pode ser um risco alto demais para se correr.